quinta-feira, 14 de dezembro de 2017



Domingo,17/12/2017
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SOMOS CHAMADOS A VIVER SEGUNDO O ESPÍRITO DIVINO PARA VIVER NA ALEGRIA E SER CAUSADORES DA ALEGRIA
III Domingo Do Advento-Ano B


I Leitura: Is 61,1-2a.10-11
1 O espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me para dar a boa-nova aos humildes, curar as feridas da alma, pregar a redenção para os cativos e a liberdade para os que estão presos; 2ª para proclamar o tempo da graça do Senhor. 10 Exulto de alegria no Senhor e Minh ‘alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa ou uma noiva com suas joias. 11 Assim como a terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim o Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua glória diante de todas as nações.


II Leitura: 1Ts 5,16-24
Irmãos: 16 Estai sempre alegres! 17 Rezai sem cessar. 18 Dai graças em todas as circunstâncias, porque essa é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. 19 Não apagueis o espírito! 20 Não desprezeis as profecias, 21 mas examinai tudo e guardai o que for bom. 22 Afastai-vos de toda espécie de maldade! 23 Que o próprio Deus da paz vos santifique totalmente, e que tudo aquilo que sois — espírito, alma, corpo — seja conservado sem mancha alguma para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo! 24 Aquele que vos chamou é fiel; ele mesmo realizará isso.


Evangelho: Jo 1,6-8.19-28
6 Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7 Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8 Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. 19 Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: “Quem és tu?” 20 João confessou e não negou. Confessou: “Eu não sou o Messias”. 21 Eles perguntaram: “Quem és, então? És tu Elias?” João respondeu: “Não sou”. Eles perguntaram: “És o Profeta?” Ele respondeu: “Não”. 22 Perguntaram então: “Quem és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?” 23 João declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’” — conforme disse o profeta Isaías. 24 Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus 25 e perguntaram: “Por que então andas batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?” 26 João respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, 27 e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”. 28 Isso aconteceu em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.
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Para Se Manter Na Verdadeira Alegria Deve-se Permanecer No Espírito Santo


 Exulto de alegria no Senhor e minha alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa ou uma noiva com suas joias” (Is 61,10). Por isso, “Estai sempre alegres! Rezai sem cessar. Dai graças em todas as circunstâncias, porque essa é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. Não apagueis o Espírito!” (1Ts 5,16-19)


O tema deste Terceiro Domingo do Advento é de alegria e de gozo na perspectiva de uma realidade salvífica esperada, mas já presente "misteriosamente". Neste clima se movem a Primeira Leitura e o Salmo Responsorial. A Segunda Leitura é um convite à alegria, e o Evangelho apresenta a razão ou o fundamento da mesma alegria: a vinda do Senhor.


Os dois pontos clássicos do Terceiro Domingo do Advento são a afirmação da presença dos tempos messiânicos e a exortação à alegria que vem dessa certeza. No que diz respeito ao primeiro ponto, o significado profundo da missão de João Batista deve ser levado em conta, como aparece no Evangelho deste domingo. Existe um provérbio que diz: "Se alguém, com seu dedo, apontar para o céu, não fique olhando para o dedo". Foi precisamente o que João Batista queria dizer aos seus contemporâneos que perguntaram quem era ele e qual era a missão dele. John desiludiu-os de uma vez por todas, afirmando com toda a clareza que ele não era o Messias, nem Elias, nem o Profeta que eles esperavam. Ele lhes dizia: “Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’”. Ele vem dizer-lhes, portanto, não olhar para ele, mas apenas para o Outro que ele, com o dedo indicador, está apontando para eles.


A alegria é um dos principais temas das Sagradas Escrituras. Este tema se encontra em todos os lugares no Antigo Testamento e no Novo Testamento. A mensagem da Bíblia é profundamente otimista: Deus quer a felicidade dos homens (Cf. Mt 5,1-12; Lc 10,20), seu êxito, sua expansão. Deus quer preencher os homens com abundância e plenitude (Cf. Jo 10,10). Mas o homem deve estar aberto para este dom. A alegria traduz, no homem, a consciência de uma realização já efetiva ou ainda por vir.


A alegria do Evangelho é uma alegria que vem do Alto, mas que, ao mesmo tempo, deve surgir do coração do homem: é uma alegria divino-humana. Jesus é o Iniciador definitivo desta alegria. A alegria de Jesus (também para todos os cristãos) é pascal: a passagem da morte para a vida. Nenhum cristão é condenado à morte em vão, pois o Senhor em Quem acredita foi ressuscitado. Este Senhor que estamos esperando em cada Natal com muita alegria.


A alegria que os cristãos experimentam se traduz espontaneamente em ação de graças, já que a salvação pela qual se alegram é, em primeiro lugar e antes de tudo, um dom (cf. Gl 5,22). Essa dimensão de sua alegria é completamente essencial: os cristãos sabem que o último triunfo da aventura humana depende radicalmente da benévola misericórdia de Deus Pai: “Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele Quem nos amou” (1Jo 4,10).


A celebração eucarística constitui um dos terrenos privilegiados em que, de algum modo, a verdadeira alegria deve ser comunicada e experimentada por todos os participantes. A ambição que a Igreja persegue ao reunir os seus fiéis em torno das duas mesas: da Palavra e do Pão, é fazê-los viver de antemão a própria salvação do Reino e a fraternidade ilimitada que carrega com ela. Neste sentido, a participação eucarística é objetivamente uma fonte de alegria.


João Batista Nos Convida a Ser Testemunhas Do Cristo Presente No Meio De Nós


Eu sou a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do Senhor’. ... No meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias”.


A atitude de Juan Batista é a única que corresponde aos cristãos, tanto individualmente como formando a comunidade cristã. A missão de João Batista consiste apenas em testemunhar ou indicar a presença de Cristo no mundo. O testemunho e a indicação de João Batista são tão transparentes que os homens não tropecem, mas descobrem o rosto de Jesus Cristo.


A exemplo de João Batista, o testemunho dos cristãos não se refere a um Cristo que têm que impor-se de fora, mas ao Cristo que já está misteriosamente presente sempre entre os homens. Exatamente como João Batista disse aos que o ouviram: "No meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim”. A Igreja em geral e cada cristão em particular, às vezes, esqueceu essa característica essencial de sua missão: em vez de querer passar despercebida, a Igreja ou cada cristão faz todo o possível para se tornar o centro da atenção do mundo, continuamente falando sobre seus próprios direitos e exigindo privilégios e prerrogativas. Muitas vezes, ela teve a impressão de que ela pregava sobre si mesma, em vez de pregar apenas sobre Cristo.


É necessário que cada membro da Igreja recupere a atitude de João Batista e se convença definitivamente de que ele não é um fim em si, mas apenas um índice que aponta para Cristo. A fala e o modo de viver de cada cristão devem apontar para Cristo e não para chamar atenção dos outros para si mesmo.


Necessitamos Reconhecer a Presença Do Salvador No Meio De Nós


Exulto de alegria no Senhor e Minh ‘alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa ou uma noiva com suas joias. Assim como a terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim o Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua glória diante de todas as nações”, escreveu o Terceiro Isaías.


O homem precisa urgentemente de um Salvador, mas de um salvador que não seja um anjo ou extraterrestre, mas um homem inteiro e verdadeiro, mas que também é um Deus. O homem precisa de um Salvador para trazer luz para seus passos incertos, curá-lo de muitas doenças, dar-lhe razões para viver, ensinar-lhe o que é a vida, cantar o hino de liberdade e alegria. O homem necessita de um Salvador que nos diz onde está a verdade do homem e de Deus. Este Salvador é que as leituras de hoje nos apontam.


Ele será um Mestre de consolo. Ele dará "Boa Nova" aos pobres e a todos os que sofrem. Suas palavras alcançarão o coração de todos aqueles que esperam. Ninguém com Ele ficará triste ou abatido. Suas palavras encorajam os fracos e até mesmo ressuscitar os mortos. Ele presenteia os seus com uma alegria que nada nem ninguém capaz de arrancá-la. Jesus é nosso Salvador, razão de nossa alegria.


Jesus, Deus que salva é o Cristo. Ele será um homem, mas ungido pelo Espírito de Deus. O Espírito Santo é como um unguento que penetra na parte mais profunda do ser e cura, suaviza, fortalece. Este ungido ou Cristo será totalmente imbuído do Espírito e será guiado por ele. Será sua força e consolo. Todas as suas palavras e gestos serão sempre carregados com o Espírito. É assim deve ser a vida de cada cristão, pois ele pertence a Cristo. Cada cristão é uma pessoa ungida.


Mas muitas das vezes temos que reconhecer que “No meio de vós está aquele que vós não conheceis”. É preciso nos esforçarmos para reconhecer esta Presença permanente (Cf. Mt 28,20).


É Preciso Manter Nosso Espírito De Alegria, De Oração e De Agradecimento


Estai sempre alegres! Rezai sem cessar. Dai graças em todas as circunstâncias, porque essa é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. Não apagueis o espírito!”, escreveu São Paulo na Segunda Leitura deste Domingo (1Ts 5,16-19)


Em três palavras, São Paulo resume a atitude do espírito cristão que corresponde à vontade de Deus: alegria, oração e gratidão.


Estai sempre alegres!”. Alegremo-nos permanentemente! Ou seja, até nos momentos baixos de nossa vida, pois esses momentos jamais afetam o fundamento em que descansa nossa alegria: a certeza da salvação em Cristo.


Rezai sem cessar!” Naturalmente não com palavras e sim com a consciência da união com Deus, porque no descanso da alma nele se encontra precisamente a verdadeira oração. O próprio Jesus nos convida a perseverar em nossa oração, a dirigir confiadamente nossas súplicas ao Pai (Cf. Lc 18,1). Ele nos recomenda que sejamos persistentes na oração não porque Deus seja surdo e sim porque nós necessitamos perseverar para alcançá-Lo. A natureza humana é geralmente caracterizada pela inconstância. Ficamos desanimados e apavorados diante do primeiro obstáculo que nos é apresentado na consequência de nossos projetos e metas. Abandonamos a nave diante do menor indício de tormenta. As coisas fáceis geralmente não são valiosas. Para vencer os obstáculos são necessárias a humildade, a confiança e a perseverança na oração.


Daí graças em todas as circunstâncias, porque essa é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo!”. Tudo que temos e somos, fora do pecado, é dom de Deus. E os dons são dados a cada um de nós conforme a capacidade de cada um de nós. Se os dons são dados por Deus para cada um de nós gratuitamente, isto significa que estamos no mundo de gratuidade. Viver no mundo de gratuidade nos faz vivermos na constante gratidão e na permanente ação de graças que se traduz na generosidade com os demais. Viver na gratidão e na permanente ação de graças é uma grande revelação de que somos capazes de olhar para a vida e seus acontecimentos com o olhar positivo, com o olhar do Senhor. Quem vive na constante gratidão suas forças se renovam, sua autoestima aumenta e seu ânimo de viver se dobra cada dia. A gratidão é a virtude das pessoas magnânimas.


“Estejam sempre alegres!”, escreveu-nos São Paulo. Para São Paulo, nenhum obstáculo ou dificuldade é capaz de impedir a verdadeira alegria, pois ela é um dos frutos do Espírito Santo (cf. Gl 5,22). Trata-se da origem superior, e por isso, está acima de tudo que é passageiro. Tudo pode passar, inclusive o sofrimento, mas a alegria permanece, pois é o fruto da aceitação de Deus na vida do homem, fruto do Espírito Santo.


A alegria cristã é possível na medida em que o cristão vive na liberdade, na paz, na fraternidade com os outros e na comunhão plena com Deus. Além disso, a alegria começa a partir do momento em que cada um de nós suspender seu esforço de busca da própria felicidade para procurar a dos outros. Para sermos felizes temos que fazer a felicidade dos outros sem esperar nada em troca. É simplesmente manifestação da minha entrega a Deus, pois Ele se entregou por minha causa. A entrega a Deus é a entrega à alegria. Deus “me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa ou uma noiva com suas joias” (Is 61,10b).
P. Vitus Gustama,SVD

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